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Direitos do filho que não foi registrado pelo pai

Saiba quais são os seus direitos e como garanti-los.

O reconhecimento da paternidade é um direito fundamental da criança e do adolescente, assegurado pela legislação brasileira. No entanto, há muitos casos em que o pai biológico não realiza o registro do filho, o que pode trazer consequências jurídicas e emocionais. Mas o que pode ser feito quando um filho não é registrado pelo pai? Quais são seus direitos? Este artigo esclarece essas questões e os caminhos legais disponíveis.

O Direito ao reconhecimento de paternidade:

O reconhecimento da paternidade é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Constituição Federal. Ele garante que toda criança tenha sua filiação devidamente reconhecida, possibilitando acesso a direitos como:

• Nome e sobrenome do pai na certidão de nascimento;

• Direito à herança;

• Pensão alimentícia;

• Convivência familiar e afetiva.

Se o pai se recusar a registrar o filho, a mãe ou o próprio filho (quando maior de idade) pode buscar meios legais e judiciais para obter esse reconhecimento. 

Como funciona o pedido de investigação de paternidade?

Caso o pai se recuse a reconhecer voluntariamente a paternidade, é possível ingressar com uma ação de investigação de paternidade. Esse processo pode ser iniciado pela mãe em nome do filho menor ou pelo próprio filho quando atingir a maioridade.

O procedimento geralmente segue os seguintes passos:

Abertura do Processo – Um advogado ou a Defensoria Pública pode dar início a ação na Justiça, buscando o reconhecimento da paternidade.

Notificação do Suposto Pai – O juiz determinará que o suposto pai compareça ao processo.

• Prova de Paternidade – Normalmente, o juiz solicita a realização de um exame de DNA.

• Sentença Judicial – Caso seja comprovado o vínculo biológico, o juiz determinará o registro do pai na certidão de nascimento e a aplicação de direitos e deveres, como pensão alimentícia e direitos sucessórios.

Direito à pensão alimentícia mesmo sem registro

Muitas pessoas acreditam que a falta do registro impede o recebimento de pensão alimentícia, mas isso não é verdade. Se houver indícios suficientes para comprovar a relação entre pai e filho, o juiz pode determinar o pagamento da pensão alimentícia mesmo antes da conclusão do exame de DNA.

Se após a pensão alimentícia, for comprovado que não existe o vínculo biológico, não se devolve o valor já pago a título de alimentos. Isso porque, os alimentos são irreparáveis e servem para sobrevivencia daquele que recebe.

Direito à Herança:

O filho não registrado também tem direito à herança. Se o pai falecer antes de reconhecer oficialmente a paternidade, o filho pode entrar com uma ação para reconhecimento post mortem, ou seja, após a morte. Se comprovado o vínculo, ele terá os mesmos direitos sucessórios que os demais filhos reconhecidos.

O que fazer caso o pai se recuse ao exame de DNA?

Se o pai se recusar a fazer o exame de DNA, a Justiça pode interpretar essa recusa como um indício de paternidade e, com base em outras provas, como testemunhas e histórico de relacionamento com a mãe, determinar o reconhecimento da paternidade judicialmente.

Outros direitos relativos à paternidade:

Além dos direitos já mencionados, o reconhecimento da paternidade confere ao filho outros direitos fundamentais que garantem seu bem-estar e dignidade. Alguns desses direitos incluem:

Direito à Convivência Familiar: A presença do pai na vida do filho é essencial para seu desenvolvimento emocional e psicológico. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante o direito à convivência familiar, podendo a Justiça estabelecer visitas obrigatórias em caso de pais separados.

Direito à Nacionalidade e Documentação: O reconhecimento do vínculo paterno possibilita que o filho tenha seus documentos oficiais completos, incluindo RG, CPF e passaporte, facilitando sua participação em diversos aspectos da vida civil.

Direito à Participação em Benefícios Previdenciários: Filhos reconhecidos podem ser dependentes do pai em benefícios do INSS, como pensão por morte, auxílio-reclusão e outros auxílios previdenciários.

Direito à Educação e Saúde: O reconhecimento da paternidade pode facilitar a inclusão do filho em planos de saúde e benefícios educacionais oferecidos por empresas e instituições públicas.

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Conclusão:

A falta de registro do pai não impede o filho de buscar seus direitos. A legislação brasileira protege a criança e o adolescente, garantindo meios legais para o reconhecimento da paternidade, acesso à pensão alimentícia e participação na herança do pai biológico. Caso esteja nessa situação, é fundamental procurar a ajuda de um advogado ou da Defensoria Pública para garantir seus direitos.

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