O Plano de Saúde por vezes nega tratamentos, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos que deveriam ser, obrigatoriamente custeados. Quando o beneficiário busca seu garantir seu direito como consumidor através de uma ação judicial, e o juiz decide a favor do paciente, o Plano de Saúde é compelido judicialmente a arcar com o tratamento, atraves de uma determinação judicial.
Entretanto, o que acontece caso a operadora não cumpra a ordem, seja por omissão ou resistência? Vamos entender as consequências legais significativas, incluindo a imposição de multas e outras penalidades.
O que acontece quando o Plano não cumpre uma Determinação Judicial?
Quando um plano de saúde descumpre uma decisão judicial, as consequências podem ser severas e imediatas. O principal objetivo das medidas impostas pela justiça é garantir que o paciente tenha acesso ao tratamento determinado, ainda mais quando se trata de um tratamento urgente.
Uma das primeiras penalidades aplicadas é a multa diária (astreintes), cujo valor é definido na sentença judicial e serve para pressionar o plano a cumprir a ordem. O valor é decidido de acordo com a razoabilidade e proporcionalidade. Entretanto, são valores considerados “altos”, coercitivos, para que o direito do paciente seja resguardado. Na prática são visualizados valores entre R$1.000,00 (mil reais) e R$10.000,00 (dez mil reais).
Além da multa, o descumprimento pode levar o beneficiário a ajuizar um processo de execução, no qual o plano de saúde terá seus bens penhorados para garantir o cumprimento da obrigação imposta pela decisão. Em casos mais graves, se for comprovada má-fé ou resistência injustificada, os representantes legais da operadora podem responder por crime de desobediência, o que pode agravar ainda mais a situação da empresa.
Outro ponto importante a destacar é que o paciente pode solicitar reparação por danos morais e materiais, já que o descumprimento judicial, principalmente em situações que envolvem tratamentos de saúde urgentes, pode acarretar sofrimento e prejuízos significativos ao paciente.
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O cumprimento de decisões judiciais pelos planos de saúde não é apenas uma obrigação legal, mas também uma questão de responsabilidade ética com os beneficiários. Quando o plano de saúde nega ou atrasa o fornecimento de tratamentos ou medicamentos necessários, o beneficiário tem o direito de buscar a tutela judicial para garantir a efetivação de seu direito à saúde, e o descumprimento dessa ordem pode resultar em graves consequências para a operadora.
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