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O Plano de saúde pode limitar o tempo de internação do paciente? Tudo que você precisa saber

O objetivo de realizar um exame genético é identificar modificações específicas transmitidas geneticamente (conhecidas como mutações) nos cromossomos, proteínas ou genes de um indivíduo. Essas mudanças podem variar em sua influência, podendo ser vantajosas, prejudiciais, neutras (sem efeito perceptível) ou de efeito ainda desconhecido. No caso das mutações prejudiciais, elas tendem a aumentar o risco de desenvolvimento de doenças graves, como o câncer. Em geral, as alterações genéticas hereditárias são responsáveis por aproximadamente 5% a 10% dos casos de câncer.

Os testes genéticos têm um papel significativo na avaliação do potencial de desenvolvimento de várias doenças hereditárias. Eles também são úteis na administração de condições já diagnosticadas, como os testes genéticos usados na oncologia para determinar a melhor abordagem terapêutica. Além disso, esses testes podem contribuir para a identificação de doenças consideradas raras.

O Plano de saúde pode limitar o tempo de internação do paciente?

O plano de saúde não tem permissão para restringir o período de internação do paciente, sendo obrigado a mantê-lo internado pelo tempo necessário. Isso significa que o paciente deve permanecer internado até que seja considerado clinicamente apto para alta e que seu tratamento seja concluído adequadamente. Mesmo que haja uma cláusula contratual que estabeleça um limite de tempo para a internação, tal cláusula é considerada inválida e abusiva, conforme estabelecido na Súmula nº. 302 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A restrição do período de internação vai de encontro à função social do contrato de plano de saúde, que visa fornecer assistência médica ao consumidor mediante o pagamento de mensalidades. Portanto, cabe ao plano de saúde tomar todas as medidas necessárias para realizar os tratamentos e procedimentos cobertos. A limitação, além de ser inadequada, pode resultar em danos materiais e morais ao consumidor, que, em uma situação de extrema vulnerabilidade, pode sentir-se negligenciado pela operadora do plano de saúde.

Se o plano de saúde implementar essa prática, o consumidor tem o direito de ser compensado por quaisquer despesas financeiras decorrentes da internação.

De quem é a responsabilidade do paciente internado?

A responsabilidade pela internação do paciente é compartilhada entre o próprio paciente, a equipe médica e, em certos casos, a família ou responsáveis legais.

O paciente é encarregado de colaborar no tratamento, seguindo as instruções médicas, comunicando suas condições de saúde e participando das decisões relacionadas ao tratamento. Por sua vez, a equipe médica tem a responsabilidade de avaliar o estado de saúde do paciente, determinar o tratamento adequado, prescrever medicamentos e indicar a duração necessária da internação.

Em algumas situações, como mencionado anteriormente, a família ou os responsáveis legais do paciente também podem ter voz ativa nas decisões relacionadas ao tratamento.

É crucial destacar que o plano de saúde não deve interferir na decisão médica sobre a duração da internação do paciente. Isso porque essa decisão deve ser tomada com base na avaliação clínica realizada pelo médico responsável, levando em consideração o quadro clínico do paciente.

Quais os direitos de um paciente durante a internação?

Durante o período de internação, o paciente possui uma série de direitos garantidos para assegurar o seu atendimento médico e o respeito à sua dignidade humana. Esses direitos englobam:

– Ter acesso ao tratamento médico sem qualquer forma de discriminação com base em raça, sexo, idade, condição social, nacionalidade, opinião política, religião ou por ser portador de doença infecto-contagiosa;

– Ser identificado de maneira respeitosa e adequada, sendo chamado pelo nome completo e sobrenome;

– Receber informações claras, precisas e compreensíveis sobre o diagnóstico, estado de saúde e tratamentos recomendados;

– Acesso ao prontuário médico individual, contendo detalhes sobre o histórico de saúde, progresso clínico, exames realizados e condutas terapêuticas aplicadas;

– O direito de autorizar ou recusar procedimentos médicos, investigações ou tratamentos propostos, com total autonomia e informação;

– Garantir privacidade e segurança durante a permanência em instituições de saúde, além de acesso transparente às despesas referentes ao tratamento;

– Receber medicamentos e equipamentos necessários ao tratamento, inclusive aqueles de alto custo, de acordo com a prescrição médica;

– Assegurar que todos os materiais utilizados nos procedimentos sejam devidamente esterilizados ou descartáveis, seguindo rigorosas normas de higiene e prevenção;

– Ter a opção de ser acompanhado por um familiar ou acompanhante durante consultas e internações, se assim desejar;

– Em caso de óbito, os familiares têm o direito de serem imediatamente informados e receberem a declaração de óbito emitida pelo médico responsável pelo paciente.

Caso o paciente não receba os seguintes tratamentos durante a internação, ele tem o direito de recorrer à justiça para tomar as devidas providências. 

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Plano de saúde limitou o tempo de internação: e agora?

Se o plano de saúde limitar o tempo de internação de forma abusiva, o paciente tem o direito de buscar o auxílio legal e lutar por seus direitos. 

Uma alternativa nesse contexto é recorrer à justiça juntamente com um advogado especializado em Direito à Saúde. Assim, você poderá solicitar uma liminar para manter paciente internado para garantir o tratamento indicado pelo médico. 

O advogado especializado em Direito à Saúde poderá analisar o seu contrato do plano de saúde, verificar se a limitação imposta é ilegal e orientá-lo sobre os próximos passos. 

Como conseguir uma liminar para manter paciente internado?

Para obter uma liminar visando manter um paciente internado, é crucial seguir etapas importantes.

Inicialmente, é essencial buscar a orientação de um advogado especializado em direito à saúde, que fornecerá o devido aconselhamento.

Posteriormente, é necessário reunir toda a documentação médica pertinente, como relatórios médicos, prescrições, resultados de exames e outros registros relevantes.

O advogado contratado preparará a petição inicial da ação, na qual serão apresentados fatos, argumentos e evidências que justifiquem a urgência da internação. Como resultado desse processo, a liminar para manter o paciente internado é concedida pelo juiz de forma célere, levando em consideração a urgência do tratamento.

É fundamental conhecermos os nossos direitos enquanto pacientes, especialmente quando se trata de questões tão delicadas como a internação para tratamento de saúde. 

Por isso, a limitação arbitrária imposta pelos planos de saúde não pode ser aceita, e o acesso ao tratamento adequado é um direito assegurado por todos. 

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